quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ameaças de atentados pouco antes das viagens de férias

É triste assistir a tantos horrores que acontecem mundo afora: atentados, guerras declaradas e intermináveis, países inimigos mortais, desastres naturais, violência escancarada. Pessoas de bem ficam de mãos atadas e praticamente são alvos fáceis diante de tanta crueldade. Com o atentado em Paris, na França, o planeta inteiro ficou paralisado diante do que o ser humano, seja por convicções religiosas, políticas ou sociais, é capaz de fazer. E isso ocorre e pode ocorrer em todo lugar, a qualquer hora ou momento. Somos todos vítimas passivas...

Vítimas dos atentados a Nova York. Foto: Divulgação
Imagino o medo da população francesa, dos turistas que estão/estavam por lá, da correria que estão vivenciando e do trauma que irá pairar por anos e anos na Cidade Luz - que se apagou completamente diante de tanta dor. Então, resolvi contar neste post duas histórias que vivenciei em anos distintos, mas no mesmo país. Não foi na França, mas sim nos Estados Unidos.

Foto: Divulgação
Minhas duas últimas viagens aos Estados Unidos foram, coincidentemente, após declarações fortes de novos ataques terroristas. A primeira, em 2011, foi logo depois da morte de Osama Bin Laden, acusado de ser o mandante aos atentados às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, em Nova York, e líder-fundador do grupo terrorista al-Qaeda. Leia aqui o que escrevi sobre o que senti ao ir no local do World Trade Center.
Bin Laden foi morto em 2 de maio de 2011 e nossa viagem já estava marcada para 30 de maio daquele ano. Depois do anúncio da morte do terrorista ao mundo, a rede al-Qaeda anunciou que novos ataques aos Estados Unidos poderiam acontecer, principalmente às linhas de metrô de Nova York. A cidade estava em nosso roteiro de férias, inclusive com tudo pago, e claro que não deixamos de ir para lá.

Bandeira dos EUA com nomes das vítimas do 11 de setembro
Confesso que fiquei com medo. Quem não ficaria? Afinal, sair do Brasil onde tudo estava em paz para ir a outro país e encarar o novo, o diferente e o arriscado me deixou com os nervos à flor da pele. Foram 20 dias em solo norte-americano e apenas dois sustos, sendo um deles (sim!) dentro do metrô.
Era por volta das 20h em Nova York e estávamos na linha de Manhattan ao Queens. De repente, em um daqueles túneis que não tem por onde escapar, o trem parou. Não sabíamos o que estava acontecendo, não falávamos bem inglês, mas entendemos que o trem ficaria parada por algum tempo, podendo ser por minutos ou horas. Essa foi a informação de um dos funcionários que passou por nosso vagão para avisar aos poucos passageiros que ali estavam.
Na hora, virei para Max e falei que estava com medo. Lembrei da promessa da al-Qaeda de novos atentados nas linhas de metrô e ali estávamos nós: dentro do trem, parado, sem saber o que estava acontecendo de verdade.
Acho - se me lembro bem - que ficamos quase uma hora parados ali. O medo de que algo acontecesse era grande. Graças a Deus, tudo foi tranquilo, mas até hoje não sabemos o que houve realmente naquela linha de metrô. Pra falar a verdade, prefiro nem saber...

Estação de metrô de Nova York
Dois anos depois, resolvemos ir novamente para os Estados Unidos. A viagem estava marcada para 25 de abril de 2013. Dez dias antes da nossa ida a Miami, mais precisamente no dia 15 daquele mês/ano, ocorreu o atentado à maratona de Boston. Dois irmãos, responsáveis pelo crime, foram motivados pelo extremismo islâmico e pelas guerras no Iraque e Afeganistão. A intenção deles, inclusive, era também bombardear a Times Square, em Nova York.
Ficamos apreensivos novamente. Afinal, outra viagem em pleno período de ameaças de ataques deixa qualquer pessoa com medo. Felizmente, nada mais aconteceu em solo norte-americano e nossa viagem foi super-hiper-tranquila.
Desde os ataques em 11 de setembro, os Estados Unidos aumentaram a guarda e investiram, sistematicamente, em segurança - e falo de tecnologia altamente avançada. Nos pontos turísticos famosos de todo o país, policiais atentos, esquemas de segurança com raio-x e detector de metais, proibição de entrada com alguns itens que possam, por ventura, colocar em risco as pessoas em geral. Nos aeroportos, é preciso tirar o cinto, os sapatos e passar por um raio-x corporal. Laptops, máquinas fotográficas, telefones celulares, entre outros objetos eletrônicos, devem ser tirados de dentro das bolsas de mão. Todo cuidado, afinal, é pouco...

Policiamento nas ruas de Nova York
Seja na França, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar do mundo, fico triste, horrorizada, chocada diante de tamanha aberração que o ser humano pode fazer ao semelhante. Por fanatismo e/ou ódio, muito sangue é derramado e os resultados destes ataques horripilantes são incontáveis mortes, perdas dolorosas, países despedaçados, populações em lágrimas, tristeza e dor. O mundo precisa de paz e as pessoas, de muito amor no coração!

Fotos: Destino Mundo Afora


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